Franciscano desde 1907, fundou em 16 de outubro de 1917 a Milícia da Imaculada, associação destinada ao apostolado católico e mariano. Instalou uma tipografia católica e editou a revista mariana "Cavaleiro da Imaculada" que alcançou a tiragem de um milhão de exemplares. Chegou a instalar uma emissora de rádio e a estender suas atividades apostólicas até o Japão: entre 1930 e 1936 foi missionário em Nagasaki. Durante a Segunda Guerra Mundial deu abrigo a muitos refugiados, incluindo cerca de 2000 judeus. Em 17 de Fevereiro de 1941 é preso pela Gestapo, já que os nazis temiam a sua influência na Polónia. É transferido para Auschwitz em 25 de Maio como prisioneiro #16670. Em Julho de 1941, um homem do bunker de Kolbe foge e como represália, os nazis enviam para uma cela isolada 10 outros prisioneiros para morrer de fome e sede (o prisioneiro fugitivo é mais tarde encontrado morto, afogado numa latrina). Um dos dez lamenta-se pela família que deixa, dizendo que tinha mulher e filhos, e Kolbe pede para tomar o seu lugar. O pedido é aceite. Na realidade, o Padre Kolbe aceitava o martírio para praticar heroicamente seu múnus sacerdotal, dando assistência religiosa e ajudando a morrer virtuosamente aqueles pobres condenados. Duas semanas depois, só quatro dos dez homens sobrevivem, incluindo Kolbe. Os nazis decidem então executá-los com uma injecção de ácido carbólico. Foi canonizado pelo Papa João Paulo II em 10 de Outubro de 1982, na presença de Franciszek Gajowniczek, o homem cujo lugar tomou e que sobreviveu aos horrores de Auschwitz.
Quando menina e adolescente, não obstante os pedidos de sua mãe em professar a fé judaica, ela qualificava-se sempre de ateia. Contudo, acompanhava a mãe à sinagoga mais por delicadeza do que por convicção religiosa, passando o tempo a distrair-se e olhando para quem entrava e saía. Pelos seus 30 anos, passando as suas férias grandes em casa de uns amigos na Baviera, no Outono de 1921, veio-lhe par às mãos a autobiografia de Santa Teresa de Ávila, intitulada «Livro da Vida». Ficou tão encantada que acabou por ler o livro completo, durante toda a noite. Depois disse: “Aqui está a verdade!”. Comprou um catecismo católico e um missal e entrou, pela primeira vez, num templo católico, participando na Missa. Após algum tempo de preparação, recebeu o Baptismo, aos 31 anos, no dia 1 de Janeiro de 1922. A família, profundamente desgostada, cortou, durante algum tempo, relações com ela. Aos 42 anos, em Setembro de 1933, Edith comunica à mãe a entrada próxima na vida religiosa da Ordem Carmelita Descalça, ingressando no Carmelo a 15 de Outubro de 1933, tomando o nome de Teresa Benedita da Cruz. Por licença especial das suas superioras, escrevia todas as semanas à mãe, sem obter qualquer resposta, até que, por fim, recebeu um bilhete da mesma. Para escapar à perseguição nazista, fugiu em 1940 da Alemanha para os Países Baixos. Mas quando esta nação foi ocupada pelos nazis, Edith foi presa com a sua irmã. Saiu do convento de hábito carmelita que continuou a usar no campo de concentração, oferecendo a sua vida, como ela disse, pela conversão ao Catolicismo do povo hebreu. O seu número de prisioneira era o 44070. Pelo seu heroísmo cristão, no dia 1 de Maio de 1987, foi beatificada por João Paulo II em Colónia e, a 11 de Outubro de 1998, foi canonizada pelo mesmo papa, sob o nome de Santa Teresa Benedita da Cruz, ou apenas Teresa da Cruz.
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